Educação

" Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidade para sua produção ou a sua construção".
"Quem ensina, aprende a ensinar e quem aprende ensina ao aprender."
Paulo Freire

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Memorial Escolar

A príncipio não simpatizei muito com essa idéia de fazer tudo pelo blog, mas analizando melhor, vejo que é bem mais prático e interessante, tendo em vista que podemos compartilhar com os colegas nossos trabalhos, sugestões e até mesmo tirar dúvidas em relação a disciplina.
Pois bem, minha vida escolar começou na varanda de uma senhora muito especial que morava em frente a minha casa. Todos os dias da semana eu e mais quatro crianças aprendíamos a cobrir, desenhar e pronunciar alguns números.
Não demorou muito, meus pais me colocaram em uma escola para fazer as séries iniciais. Uma das coisas que não esqueço é que no início minha mãe me levava, só que quando eu vi os colegas indo sozinhos, comecei a pedir para ir também. O engraçado é que depois de um certo tempo ela permitiu que eu fosse sozinho e sem deixar eu perceber ficava me seguindo para ver se estava indo do jeito que ela ensinou, olhando para os dois lados antes de atravessar, indo direto para escola e ao sair indo direto para casa.
Meu pai sempre participou da minha vida escolar. Me ajudava nas tarefas, não faltava uma renião de pais, queria saber tudo que acontecia dentro e fora da escola, cobrava bastante e se tivesse algo errado corrigia na hora.
Quando passei para a primeira série fui para outro colégio, onde fiquei estudando até a sétima série. Lá vivi momentos especiais principalmente por conta do esporte, pois era conhecido perante todo o colégio como o melhor jogador de futsal.
Teve um fato que aconteceu comigo e mais quatro colegas na quarta série que lembro até hoje, foi quando um professor muito nervoso porque agente não parava de conversar na sala de aula, nos falou: vocês não vão terminar nem o primeiro grau. Aquilo me deixou transtornado, pois ele estava claramente falando que agente não teria capacidade suficiente para concluir os estudos. Depois desse dia fiz questão de mostrar a todos que sou capaz de alcançar tudo aquilo que desejo.
Ao chegar na oitava série mudei novamente de escola, foi aí que comecei a ter um acesso maior a determinadas informações. Concursos que até então eu desconhecia, cursos técnicos e foi assim que comecei a querer sempre mais.
Fui para o colégio Flama em Duque de Caxias no ano de dois mil para fazer o segundo grau em telecomunicações. Foi um período maravilhoso, pois a estrutura era da melhor qualidade, tanto da parte dos professores quanto a do espaço físico do colégio.
O ano de dois mil e dois, foi crucial para a minha vida escolar e profissional. Passei a estudar três turnos, de manhã fazia pré-vestibular, a tarde um reforço do mesmo e a noite cursava o último ano do ensino médio. Foi um ano muito duro, porém proveitoso, eu estava estundando sem parar, interado de tudo que acontecia no país e no mundo, realmente eu estava preparado para enfrentar as temerosas provas do vestibular. Me escrevi para todas as Universidades Públicas do Rio de Janeiro, o que eu não esperava é que de depois de um ano inteiro de esforço, jogaria tudo para o alto por conta de uma viagem para um sítio do interior do Estado para comemorar o término do segundo grau. Foi tudo lindo, mas em contra partida perdi todas as provas do vedtibular e com isso veio a frustração de ter jogado todo ano de estudo por conta de uma viagem.
No ano seguinte coloquei na cabeça que tinha que trabalhar, consegui emprego num supermercado e continuei me escrevendo para concursos, só que desta vez concursos militares, até que obtive o êxito apenas com a bagagem que adquiri no ano anterior.
Com isso veio a acomodação que muita das vezes acontece quando você atinge de uma certa forma a estabilidade profissional. Passaram-se quatro anos desde que eu passei no concurso, quando no ano de dois mil e sete veio um lampejo em minha mente. Servindo em uma unidade onde a maioria das pessoas eram mais experientes que eu, passei a observar que a maioria tinha nível superior, alguns mestrado, outros doutorado e os que não tinham estavam estudando para fazer faculdade.
Logo surgiu a pergunta: Como pode uma coisa dessa, pessaos em sua maioria com idade para ser meu pai estudando e eu em início de carreira não fazendo nada para melhorar a minha graduação?
Comecei a estudar novamente depois de cinco anos parado e com o intuito de passar no vestibular. Consegui a aprovação para a FEBF, iniciando o curso de Pedagogia no primeiro semestre do ano de dois mil e oito.

4 comentários:

  1. Carlos, viu como não doeu nada e ainda foi bom???(risos). Estamos aqui para quebrar barreiras e sair do senso comum. Parabéns, continue assim.

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  2. Carlos, fazer um memorial ajuda a nos lembrar de muita coisa que estava adormecida... Procure explorar mais os recursos disponíveis na internet. Sua postagem está muito baseado no texto escrito, apenas. Procure ilustrar com imagens, fotos, etc. Outra coisa, faltam muitas reflexões... Vc precisa atualizar seu blog, colocando toda a discussão que fizemos desde o início do semestre...

    Ivan

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